Habitar e viver
Direção: Guilherme Monteiro de Oliveira
Duração: 29′
Goiânia – 2020
O filme aborda a história de vida de pessoas que habitam dois diferentes locais: a Ecovila Vale do Éden e a Casa Bioconstruída, de Rogério Pafa. As técnicas da Permacultura e da Bioconstrução são utilizadas por ambas pessoas, dependendo das possibilidades que o espaço habitado permite. Questões existenciais e filosóficas nortearam os personagens a escolher viver mais próximos da natureza e viver os ciclos que o contato com a terra possibilita.
As diversas crises ocorridas no Brasil e no mundo nas últimas décadas imprimiram diversos questionamentos quanto às nossas ações e o impacto que elas têm sobre o meio ambiente. O filme se propõe a analisar como o fenômeno global da Permacultura e da Bioarquitetura estão relacionados com essa crítica emergente dos padrões de construção da casa e da forma de habitar. Com a etnografia, mais especificamente a etnobiografia, pude, em minha pesquisa, aproximar de personagens e obter dados reflexivos e subjetivos a fim de compreender o contexto em que estão inseridas e perceber como suas formas de habitar e viver estão relacionadas com suas histórias de vida. A casa, mais do que um espaço para se proteger das intempéries do tempo, é um espaço repleto de história, símbolos e significados. E através da observação participante, da câmera na mão e de entrevistas semiestruturadas, foi possível concluir que há uma dimensão cultural na Casa Bioconstruída e na Ecovila, uma vez que o espaço habitado está diretamente relacionado com as visões de mundo de quem ali habita, além de comunicar os valores de seus moradores.